“Há um compromisso que nós temos aqui: nós não vamos deixar cair a SATA, nós vamos trabalhar para que ela tenha futuro, nós vamos garantir um processo de alienação que funcione e nós sabemos o que queremos com a SATA - algo que já não se pode dizer do Partido Social Democrata”, afirmou Francisco César, esta quinta-feira, durante a sessão plenária em que o PSD voltou a usar o tema da SATA para ataques pessoais ao presidente do Governo.
“Não lhes interessa os factos, não lhes interessa a história, não interessa o que aconteceu – o que interessa aos senhores deputados é concluir que o Governo dos Açores, e Vasco Cordeiro o seu presidente, é culpado”, concluiu o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores que respondeu a todas as suspeições que o PSD tentou levantar em relação ao processo de alienação do capital social da empresa.
Sobre o Relatório da Comissão Especial de Acompanhamento do Processo de alienação, Francisco César esclareceu que a mesma tinha “o poder de fiscalizar e dar opinião”, mas não tinha “o poder de intervir”. Francisco César desmontou a “narrativa” do PSD, que insiste em enganar os Açorianos quanto à natureza da proposta entregue inicialmente e que é, “por natureza”, vinculativa: “O que o Governo disse publicamente, por quatro vezes, – e não há nenhum dos senhores que possa aqui desmentir – foi que há propostas que vinculam a empresa”.
Francisco César realçou ainda que, tanto o Governo dos Açores como a própria comissão concordaram que “para saber se essas propostas cumprem ou não o caderno de encargos”, era preciso “um parecer jurídico” – o que foi solicitado antes do processo ter sido suspenso. Para o deputado socialista, e distorção que o PSD Açores tenta fazer da verdade, só se explica pela necessidade de “atacar o Presidente do Governo por tudo e por nada (…). A questão com o presidente Vasco Cordeiro é pessoal, porque os senhores não conseguem falar de qualquer coisa relacionada com a SATA, que não termine em Vasco Cordeiro”.
Aliás, como fez questão de realçar Francisco César, se o PSD estivesse mesmo interessado em ouvir, em saber o que se passou com o processo de alienação da SATA, para depois tirar as suas conclusões, teria esperado pela audição de Vasco Cordeiro, agendada para a próxima semana: Tinham a oportunidade única na democracia Açoriana e, cálculo eu, até na democracia nacional de ter um chefe de um executivo numa Comissão de Inquérito, de peito aberto a responder a qualquer pergunta, de um partido da oposição”