Serrão Santos quer apoios europeus para a adaptação de ilhas ao clima

PS Açores - 6 de dezembro, 2018
O Eurodeputado Ricardo Serrão Santos integra a delegação do Parlamento Europeu à 36ª Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE que decorre na cidade de Cotonou no Benim. Esta reunião junta parlamentares europeus com membros dos parlamentos de Estados de África, Caraíbas e Pacífico.   Ricardo Serrão Santos presidiu, em nome do União Europeia, ao processo de negociação de uma das duas moções de resolução de urgência submetidas a votação. A resolução “sobre o impacto das mudanças climáticas, em particular nos Pequenos Estados de Ilhas em Desenvolvimento”, considera que estas regiões são as mais vulneráveis às mudanças climáticas, “apela à União Europeia para apoiar os pequenos estados de ilhas no seu esforço numa transição para economia ambiental sustentável e para aliviar os constrangimentos que enfrentam ao implementarem uma estratégia de adaptação ao clima”.   Serrão Santos, que interveio na abertura da negociação, lembrou que ele próprio é um ilhéu, oriundo do Arquipélago dos Açores, uma Região Autónoma Portuguesa e Ultraperiférica da UE, onde as questões das mudanças globais são uma ameaça, com desafios complexos a que “procuramos responder num enquadramento alargado com base no conhecimento científico, desenvolvimento de infra-estruturas, polícias económicas e ambientais e cooperação internacional.” A moção aprovada em sessão plenária obteve um grande consenso entre os diversos grupo políticos do Parlamento Europeu e dos representantes dos países ACP.    Nesta 36.º Assembleia parlamentar paritária UE-ACP foi também aprovada uma resolução  sobre o “combate aos efeitos destabilizadores do tráfico da vida selvagem nos países ACP”, da qual Serrão Santos foi relator dos deputados Socialistas Europeus. Nesta matéria, o eurodeputado açoriano focou-se em particular nas questões das pescas ilegais, não reportadas e não reguladas, da espoliação de grandes mamíferos. Estas práticas ferem as oportunidades económicas no âmbito das pescas e do turismo, em particular nos Pequenos Estados de Ilhas em Desenvolvimento, mas também em Regiões Ultraperiféricas, algumas das quais nas Caraíbas.