PSD/Açores está refém de si próprio

PS Açores - 4 de dezembro, 2018
A recente nota de imprensa divulgada pelo PSD/Açores, e assinada pelo deputado Bruno Belo, constitui, infelizmente, mais um exercício político revelador do estado a que chegou o maior partido da oposição, para quem o mais importante, a verdadeira prova de vida, resume-se a criticar o PS e a governação. O PSD/Açores está refém de si próprio, fechado sobre si mesmo, e já não consegue, sequer, disfarçar a ausência de projeto político para os Açores, limitando-se, como se pode verificar, a insistir na velha e estafada tática de tudo criticar. A indisponibilidade para o diálogo, o tom crispado e negativo que tem sempre adotado quando se refere à realidade regional, evidencia um partido que se encontra, cada vez mais, isolado no seu pessimismo militante, incapaz de reconhecer seja o que for de positivo, e ávido de disfarçar um comportamento ziguezagueante, que oscila entre a vontade de agradar a tudo e a todos, e o vazio que resulta das frases feitas e das generalidades em que parece se ter especializado nos últimos tempos. Ao ver-se perante um Plano e Orçamento para 2019, aprovado quer pelo PS, mas também pelo CDS/PP e pelo PCP, ao PSD/Açores, pelos vistos, não sobrou mais do que criticar o PS pelo trabalho realizado, o qual consubstancia um conjunto muito significativo de propostas e de soluções positivas para os vários setores da nossa sociedade. É pouco. Demasiado pouco e constrangedor para um partido com história na nossa Região.   Ao PS/Açores já não surpreende essa postura que nada acrescenta em benefício dos Açorianos e dos Açores. Refém de si próprio, o PSD/Açores contenta-se e satisfaz-se a fazer uma fraca oposição, sem ideias e sem conteúdo, que parece mais empenhada em destruir do que, efetivamente, apresentar alternativas concretas e palpáveis que durem e sejam mais úteis do que a mera tentativa de preencher a agenda mediática.