O Presidente do Governo defendeu hoje, na Assembleia Legislativa, na Horta, que a maioria do capital social da Azores Airlines se deve manter público, assim como a totalidade do capital social da SATA Air Açores, questionando o PSD/Açores sobre a razão que levou este partido a mudar de opinião sobre este processo.
“Por que razão é que, repentinamente, esse partido passa a dizer o seguinte: os Açorianos devem prescindir de ter a maioria para mandar no capital social da Azores Airlines e devem, ainda, prescindir de 49 por cento da SATA Air Açores”, questionou Vasco Cordeiro.
No primeiro dia do debate parlamentar sobre as propostas de Plano e Orçamento para 2019, o Presidente do Governo salientou que a Assembleia Legislativa é, assim, o “local para se esclarecer o que levou, afinal, o PSD/Açores a mudar de posição” de forma repentina.
“O que é que o PSD/Açores sabe que nós não sabemos, e que mais nenhum dos Açorianos sabe, para defender que aquilo que era verdade, com a venda de 49 por cento, deve ser agora 51 por cento, dando o controlo da companhia a um privado”, perguntou o Presidente do Governo.
Segundo disse, a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada “tem toda a legitimidade para apresentar uma proposta” para a venda da maioria do capital social da Azores Airlines e de 49 por cento da SATA Air Açores, que assegura as ligações entre as nove ilhas do arquipélago.
“Mas o nosso papel aqui, nesta Assembleia, não é dizer que sim a tudo. Mesmo sendo interesses legítimos de uma entidade, acho que esta proposta não merece um sim”, afirmou Vasco Cordeiro.
GaCS/PC