O PS/Açores congratula-se com o anúncio de que a Delta Airlines passará a operar entre os Açores e os Estados Unidos, a partir de maio do próximo ano, sobretudo porque essa decisão atesta de forma clara que a Região se tornou um destino turístico atrativo no plano internacional.
Uma companhia da dimensão e da relevância internacional da Delta não toma decisões sem uma fundamentação sólida do ponto de vista do seu interesse comercial e financeiro, e não arrisca em destinos que não lhe deem garantias de retorno.
Esta boa notícia para a economia e para a projeção da Região não surge por milagre. É fruto de um contínuo e empenhado trabalho de promoção e consolidação da oferta turística da Região, premiando o esforço do Governo e demais entidades públicas envolvidas, bem como dos vários agentes privados do setor.
O PS/Açores lamenta, contudo, que os mesmos de sempre continuem com imensas dificuldades em aceitar o sucesso e o dinamismo das políticas de promoção turística da Região, revelando, em simultâneo, uma enorme confusão sobre o modelo que dizem defender para o desenvolvimento do setor.
Um dia depois de ter perguntado ao Governo se a Azores Airlines iria suprir os cancelamentos da Ryanair nas ligações entre a Terceira e Lisboa, o PSD vem hoje reiterar a sua defesa empenhada das virtudes da liberalização total do mercado aéreo e da concorrência à SATA nos mercados da América do Norte. Pouco tempo depois de se ter ficado a saber que o PSD admitia que a SATA reduzisse a sua atividade de e para os destinos da Diáspora, os social-democratas vêm agora – a propósito de duas ligações que não envolvem as áreas em que a Azores Airlines opera – saudar a concorrência à Azores Airlines.
O PSD quer desproteger a Azores Airlines e utilizá-la como pronto-socorro das falhas, omissões ou insuficiências das companhias privadas e do mercado, mas não quer assumir o custo político de o dizer abertamente, nem os custos financeiros de uma opção dessa natureza para o Grupo SATA.
O PSD quer um modelo que acentua a dependência da Região, em termos de acessibilidades aéreas, face a interesses comerciais e privados, mas depois exige dos poderes públicos que se imiscuam na gestão da SATA e a façam acorrer a cada falha dos privados.
Felizmente, as governações do PS têm sabido encontrar o equilíbrio necessário entre a abertura do mercado aéreo de e para a Região e os imperativos de equilíbrio e regulação a que a defesa dos interesses dos Açores e dos Açorianos obriga.