O secretariado do PS Faial acusou, esta quinta-feira, o candidato da coligação formada pelos PSD/ CDS/PP de “oportunismo político” e de “partidarização” do Conselho de Ilha.
Em conferência política, o líder do PS/Faial lembrou que o Carlos Ferreira “numa atitude de puro oportunismo político, iniciou a sua colaboração com o jornal "Tribuna das Ilhas", a 5 de maio último, no dia em que aquela publicação passa a ter um novo diretor e quando já era, claramente, candidato assumido à Câmara Municipal da Horta”.
Luís Botelho considerou, por outro lado, “falta de cultura democrática e pura demagogia” a posição em relação à possibilidade de reunir extraordinariamente o Conselho de Ilha. “Afirmar que «analisará essa decisão em sede de candidatura e se recorrerá à convocação através de um terço dos conselheiros» numa clara tentativa de partidarização daquele órgão, demonstrando, liminarmente, querer utilizá-lo, para fins eleitorais. Quem determina ou não a convocação de um Conselho de Ilha são os seus conselheiros e não candidaturas às eleições autárquicas”, clarificou.
“O Secretariado da Ilha do Faial do Partido Socialista entende, a bem da verdade, da transparência e do respeito para com as pessoas e as situações relatadas, denunciar este estilo de baixa cultura democrática, da mentira, da calúnia e do fait-divers que caracteriza e sempre caracterizou este PSD que agora se esconde por trás da mesma coligação de sempre”, adiantou ainda o líder faialense do PS.
Para o PS Faial “falta de cultura democrática” é em reunião de Câmara, realizada no mesmo dia em que foi apresentado o estudo do aeroporto, os vereadores não colocarem nenhuma questão sobre o assunto e posteriormente abandonar outra reunião de Câmara sabendo, de antemão, que iriam receber, o estudo, no dia seguinte.
Para o PS Faial “falta de cultura democrática” não é trazer à reunião de Câmara, quinzenal, uma resposta da SATA a um pedido de esclarecimento da Câmara a uma notícia da RTP/Açores de 24 de maio sobre uma eventual alteração às obrigações de serviço público, a que a empresa respondeu nada ter que ver com a informação produzida pela comunicação social.
Para o PS Faial “falta de cultura democrática" é sim tentar tirar aproveitamento político da gestão das redes sociais de uma entidade pública, quando ainda está a decorrer um processo interno de averiguações.
Para o PS Faial nunca será “falta de cultura democrática” proibir a entrada no Centro de Processamento de Resíduos a quem não fez qualquer pedido para tal.
Luís Botelho esclareceu ainda, a propósito dos protocolos celebrados com os jornais da ilha do Faial, que “nunca, em momento algum, qualquer dos jornais recusou a sua assinatura a respeito de qualquer cláusula” e que a cláusula em questão “não visava guardar sigilo sobre as atividades da Câmara, até porque, se assim o fosse, perdia-se o objetivo do protocolo que era divulgar essa mesma atividade, mas proteger o que entendia ser informação particular e dados individuais, de acesso não público”.
O líder socialista acusou também a candidatura da coligação liderada por Carlos Ferreira de “não conseguir discutir o essencial para discutir o acessório”, numa atitude de quem não tem projeto para o concelho da Horta.
“Por estas razões, o Partido Socialista da Ilha do Faial entende que não recebe lições de moral de quem não tem condições para as dar e reitera o seu total apoio e confiança no trabalho que vem sendo apresentado pelo Presidente José Leonardo e a sua equipa e pelo projeto que, "Com lealdade e Compromisso", apresenta ao Faial e aos faialenses para o próximo mandato autárquico”, concluiu o líder do PS Faial.