“Devemos trabalhar na estabilização operacional da Sata”, considerou Francisco César

PS Açores - 8 de julho, 2014
“Devemos trabalhar na estabilização operacional da Sata e isso consegue-se através da frota, de um número adequado de pilotos e da paz social dentro da empresa”, considerou Francisco César. O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS falava esta terça-feira, na Assembleia Legislativa Regional da Região Autónoma dos Açores. O deputado socialista destacou que “aquilo em que nós temos agora de trabalhar é no futuro da companhia, é em assegurar que ela tem um novo plano de negócios que a adapte às novas circunstâncias, conforme foi hoje aqui anunciado pelo Sr. Secretário Regional do Turismo e Transportes”. Francisco César frisou que a Sata “conseguiu no último mês a sua estabilização social e um acordo com sindicatos, que permite com que ela se foque única e exclusivamente na sua operação”.             O parlamentar socialista lamentou que “tenhamos voltado a assistir no Parlamento Regional, por parte da oposição, a mais uma tentativa a todo o custo de atacar o Governo dos Açores”, salientando que, nos Açores, o “PSD é oposição há 18 anos e isso não será é por acaso”. Francisco César recordou que as razões conjunturais que provocaram “o prejuízo da Sata” se prenderam com “problemas de manutenção extraordinários que obrigaram ao gasto de 1,6 milhões de euros, às rotas da Madeira, ou à questão da greve que representou um prejuízo de 4 milhões de euros, tendo inclusivamente por causa disso a Sata perdido a sua rota para Cabo Verde”. çPor outro lado, Francisco César lembrou que “a reposição dos subsídios de férias pelo Tribunal Constitucional - naturalmente e muito bem - obrigou a que a companhia tivesse uma despesa não esperada na contabilização destes subsídios de férias de 2013, forçando a companhia aérea açoriana a ter uma despesa não esperada no pagamento destes salários, mas também no aprovisionamento e na contabilização destes subsídios de férias para 2013. Daí a explicação dos prejuízos da companhia aérea”. Quanto ao aluguer e fretamento de aeronaves, Francisco César considerou que “é a coisa mais natural do mundo que quando a companhia não possa realizar um voo, recorra ao fretamento. Aliás, a própria TAP tem mais de 400 voos em risco no próximo mês e tem feitos inúmeros alugueres operacionais a diversas companhias, a própria TAP está com problemas ao nível de tripulações e de aeronaves para poder satisfazer os seus voos”. O deputado socialista salientou que “em mais de mil voos realizados este ano, apenas 35 voos não foram realizados pela companhia aérea açoriana”, o que demonstra que “apesar das dificuldades que a Sata possa ter tido em termos operacionais, a maior parte dos voos têm sido realizados pela companhia aérea”. “Nós lembramo-nos do tempo em que não havia Sata Internacional, em que outros governos nunca souberam dar o passo em frente para garantir acessibilidades para o continente que fossem garantidas com qualidade e de uma forma mais barata para os Açorianos. Deixo aqui uma mensagem de esperança, porque a Sata continuará a assegurar as acessibilidades dentro do arquipélago dos Açores, voos para os Estados Unidos da América e fluxos turísticos para a Região Autónoma, com qualidade e com sustentabilidade, quer para a Região, quer para a companhia aérea açoriana”, frisou Francisco César.