“É grave demais” quando um partido político desiste de uma ilha, afirma Vasco Cordeiro

PS Açores - 12 de setembro, 2012
O candidato do PS/Açores à Presidência do Governo Regional afirmou ser “grave demais” quando um partido “desiste e abdica” de chamar ao seu projecto político a representação de uma ilha, alegando que essa prática demonstra uma visão redutora do que deve ser a coesão regional. “É grave demais que se inicie essa prática de prescindir de chamar à participação uma das nossas ilhas. Não é uma questão partidária apenas e só. É, sobretudo, no plano de quem tem responsabilidades políticas a nível regional e do entendimento que deve ter da nossa Região Autónoma como um todo”, afirmou Vasco Cordeiro. O candidato socialista, que falava num convívio com apoiantes e militantes do PS/Açores no Corvo, salientou, ainda, que esta própria ilha “sentiu na pele quando se desiste e se abdica de chamar para um projecto politico a representação de uma das ilhas da nossa região”. Segundo disse, nas eleições regionais de 14 do próximo mês estarão, assim, em causa duas visões distintas do que deve ser o desenvolvimento e a coesão regional, mas também o relacionamento com a República. Nesta matéria, Vasco Cordeiro salientou que o seu Governo Regional terá sempre o objectivo “defender os Açores acima de tudo”, independentemente do partido que estiver no Governo da República. “Sempre que o Governo da República, qualquer que seja o partido, respeitar os Açorianos e quiser trabalhar para o bem da nossa Região e do nosso Povo, terá em mim um aliado pronto e empenhado para isso. Sempre que um Governo da República quiser prejudicar os Açores ou desrespeitar os Açorianos, terá em mim um adversário e lutador sem tréguas”, assegurou. “É aos Açores que o PS deve fidelidade e lealdade até à última gota de energia”, afirmou o candidato socialista, ao lamentar que isso não aconteça com outros partidos na Região. “Não admito, não posso aceitar, que alguém que quer ser Governo da Região ache que o meu povo deve estar agradecido ao Governo da República por algo que não tem nada de agradecer”, afirmou Vasco Cordeiro, referindo-se a recentes declarações do PSD/Açores sobre o memorando de entendimento assinado entre os governos Regional e da República.