Trabalhadores portugueses das Lajes terão de ser prioridade de Portugal, defende Berto Messias

PS Açores - 2 de março, 2012
O líder parlamentar do PS/Açores defendeu, esta quinta-feira, que a manutenção dos postos de trabalho portugueses na Base das Lajes terá de ser a principal preocupação das entidades portuguesas nas negociações com os norte-americanos sobre uma eventual redução do efectivo militar dos EUA na ilha Terceira. “Independentemente do que venha a acontecer, é crucial salvaguardar os postos de trabalho portugueses na Base das Lajes”, afirmou Berto Messias aos jornalistas, depois de ter recebido o Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas, Comércio, Escritório e Serviços dos Açores (SABCES). “Aconteça o que acontecer nos próximos tempos, temos de garantir os direitos dos trabalhadores, os seus postos de trabalho e as contrapartidas para a Região pelo uso de uma base de grande valor estratégico localizada no meio do Atlântico”, concluiu Berto Messias. Messias disse, ainda, que “todo este processo e as notícias recentes sobre a alegada intenção de rever o Acordo está envolto em inúmeras indefinições e imprecisões e carece dos esclarecimentos necessários sobre a razão da reunião entre Portugal e os Estados Unidos e as razões que levam uma ou ambas as partes a quererem rever o Acordo existente”. “Sabemos que o Presidente do Governo dos Açores tem agendada uma reunião com o Primeiro-Ministro sobre este assunto, na próxima semana. Aguardaremos pelas conclusões dessa reunião, mas esperamos que o Governo da República esclareça todos os contornos desta questão”, disse o Presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores. Este encontro com os responsáveis do SABCES ocorreu dias depois do Secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, ter informado o Governo da República da intenção dos norte-americanos reduzirem as suas forças militares na base portuguesa da ilha Terceira. Segundo Berto Messias, é do conhecimento público que os Estados Unidos pretendem reduzir os custos das suas Forças Armadas e das bases onde têm presença no mundo, mas é, agora, preciso saber quais as reais intenções da Administração norte-americana em relação às Lajes.