PSD e CDS esqueceram os Açores nas negociações com a troika, lamenta Carlos César

PS Açores - 15 de maio, 2011
O líder do PS/Açores afirmou que PSD e CDS não apresentaram uma única reivindicação de salvaguarda dos interesses dos Açores nas negociações com a troika, ao contrário do PS, que conseguiu que os impostos se mantenham mais baixos em relação aos do Continente. “Esses partidos merecem o nosso voto? Estiveram em negociações com a troika e não apresentaram um única questão relativa às Regiões Autónomas e até se queixam de o PS ter conseguido manter os impostos nos Açores 20 por cento mais baratos do que no Continente”, lamentou Carlos César. O Presidente do PS/Açores falava aos jornalistas em Água de Pau, ilha de São Miguel, durante uma acção de campanha de rua, acompanhado pelos candidatos Ricardo Rodrigues e Piedade Lalanda, assim como por vários dirigentes e militantes socialistas. “Pergunto o que é que o CDS, na negociação com a troika, defendeu a favor dos Açores? Nada. O que é que o PSD, que até diz que influenciou decisivamente o acordo de ajuda externa, negociou a favor dos Açores, o que é que apresentou a favor dos Açores? Nada”, disse Carlos César. Segundo Carlos César, o PSD de Pedro Passos Coelho apenas apresentou, nesta negociação, um pedido de financiamento extraordinário à Madeira porque não podia já pagar ordenados no próximo mês, enquanto José Sócrates e o PS/Açores se empenharam nessa negociação defendendo a Região Autónoma dos Açores. “O PSD quer, ainda por cima, desfazer-se dos aeroportos que a ANA gere na Região, apenas para deixar mais encargos financeiros para os Açores”, alertou o líder do PS/Açores, para quem os sociais-democratas, com estas medidas, “não querem fazer crescer os Açores, querem é fazer crescer os encargos dos Açores”. De acordo com Carlos César, o que é importante dizer aos açorianos, durante esta campanha, é que “precisamos de continuar a ter, em Lisboa, um Governo amigo dos Açores e que trabalhe no sentido do crescimento e da segurança da nossa Região”. “Eu pergunto aos marienses, que têm um aeroporto com um défice operacional de seis milhões de euros, se o engenheiro Sócrates foi ou não foi um governo solidário e amigo, que assume esta infra-estrutura e o seu pagamento, ao contrário de Pedro Passos Coelho que quer se desfazer deste aeroporto rapidamente”, concluiu Carlos César. Recorde-se que o Programa do PSD prevê, no âmbito da privatização da empresa ANA, a transferência de quatro aeroportos dos Açores para a tutela da Região.