Voto no PS é garantia da defesa intransigente dos Açores, assegura Carlos César

PS Açores - 25 de abril, 2011
O líder do PS/Açores apelou hoje ao voto dos açorianos no Partido Socialista nas eleições de 05 de Junho para a Assembleia da República, para que os deputados socialistas eleitos pela Região possam continuar a defender os Açores “seja contra quem for ou com quem for”. “Nós somos um partido, somos socialistas, mas não faz mal que deixemos de ser um partido ou que deixemos de ser socialistas se, para isso, for necessário sermos mais e mais açorianos”, afirmou Carlos César, num almoço promovido pelo PS/Lagoa para assinalar o 25 de Abril de 1974. Na sua intervenção, o Presidente do PS/Açores salientou que o Partido Socialista deve estar pronto para, se necessário, ser ajudado no Governo ou para ajudar outros a governar, com ou sem coligações, porque a situação do país assim o exige. “Esse sentido de responsabilidade não deve gerar, no país e no debate político, unicidade, mas sim unidade”, alertou porém Carlos César, para quem “não se deve iludir as diferenças que existem entre os partidos políticos, nem se deve tornar esta campanha eleitoral num fingimento colectivo, pois isso seria enganar os portugueses”. No almoço-convívio no concelho da Lagoa, Carlos César garantiu, assim, que PS, CDS e PSD não pensam o mesmo sobre os serviços públicos sociais. “Na Saúde, na Educação e na Segurança Social, nós achamos que eles querem dar cabo destes sistemas públicos e da protecção que implicam para as pessoas”, afirmou o Presidente do PS/Açores, ao salientar que os portugueses e os açorianos têm que, independentemente da unidade que for necessária, “saber antecipadamente que uns defendem uma coisa e que os outros defendem o seu contrário”. “A regra é, pois, quem ganhar deve governar. Quem perder deve ajudar o Governo a governar”, defendeu Carlos César, para quem esta é regra das “democracias adultas, que não subverte a escolha dos públicos, e que deve ser a regra dos políticos responsáveis”. Perante militantes e apoiantes de São Miguel, o líder do PS/Açores defendeu, também, que agora, perante a intervenção do FMI, o PS tem de assegurar aos portugueses que o impulso reformista que incorpora estas políticas de austeridade tem de ter uma finalidade, que não é a de viver pior, mas a de poder equilibrar as finanças públicas e, por isso, viver melhor de forma sustentável. “Com a presença do FMI, é mais necessário um Governo no país de uma força como o PS, que se empenhe na sensibilidade e na protecção social, como contrapartida às políticas economicistas do Fundo Monetário Internacional”, assegurou. Para o Presidente do PS/Açores, o 25 de Abril de 1974 permitiu aos Açores dispor de outros meios para organizar a sua defesa e a promoção de todas as ilhas, através de um Governo próprio eleito e com relações directas com outros governos estrangeiros e com as instâncias europeias. “Seja para os que já eram nascidos, seja para os que nasceram depois, há muito da parte boa do sonho desta revolução que faz parte da vida de todos nós, como a Liberdade, a Democracia, a quebra do isolamento internacional, Autonomia dos Açores e os direitos fundamentais à Saúde, à Educação e à Segurança Social”, afirmou César. Recordando o que era a região antes do 25 de Abril de 1974, Carlos César considerou “extraordinária” a mudança nestes 37 anos que tornou os Açores irreconhecíveis, apesar das dificuldades que ainda não foram superadas. “São impressionantes os processos de crescimento económico e desenvolvimento social que se verificaram em todas as nossas ilhas”, garantiu Carlos César, ao apontar os exemplos de acesso dos açorianos à Saúde e à Educação. “Durante todo este tempo, os Açores progrediram imenso e temos a consciência que se fez progressos, também, quando o PS não estava no Governo Regional. Os Açores não estiveram parados, mas andaram, sim, muito devagarinho”, disse o Presidente do PS/Açores. “Nestes últimos 15 anos, nós demos mais fôlego aos Açores, mais energias, mais oxigénio, mais resistência e é também por isso que estamos a resistir melhor aos efeitos da crise do que outras regiões do país”, disse Carlos César, ao concluir que a Região tem, actualmente, “uma sociedade mais forte, mais capaz e mais autodeterminada”.