“Autonomia não é um bem transaccionável”, alerta Berto Messias

PS Açores - 19 de maio, 2010
O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS/Açores, Berto Messias, afirmou hoje que o Dia dos Açores, que se celebra segunda-feira, constitui um momento de exaltação da Autonomia e defendeu que a Região nunca pode “baixar a guarda” contra os ataques do centralismo. “Honrar os Açores é celebrar a Autonomia. É homenagear todos aqueles que, quando a Autonomia ainda era um sonho quase inatingível e uma opção consciente de vida colectiva, derrubaram os muros da desconfiança e as barreiras do centralismo”, afirmou Berto Messias, numa declaração política efectuada no plenário que está a decorrer na Horta. O parlamentar socialista aproveitou para garantir que, para o PS/Açores, a Autonomia não é assim um “bem transaccionável” que as agendas políticas circunstanciais possam por em causa. No debate parlamentar, Berto Messias congratulou-se, também, com o facto da bancada do PSD/Açores se associar, este ano, às comemorações oficiais do Dia dos Açores, depois de, em 2009, ter optado pela “não associação” a esta celebração. Perante os deputados açorianos, o deputado socialista reconheceu a conjuntura difícil que se vive nos Açores, devido à crise internacional, mas salientou que a ultrapassagem destas dificuldades, com destaque para o desemprego, obriga a que se tenha uma “postura optimista e confiante”, ao contrário dos “espíritos apocalípticos e pessimistas” próprios de alguns partidos da oposição. “O pessimismo nunca criou um único posto de trabalho. Recusamos o discurso da escuridão, como o há muito instituído pelo maior partido da oposição nos Açores, que se limita a puxar a Região para baixo e a por em causa as dinâmicas económicas da Região”, afirmou Berto Messias, que lidera a Juventude Socialista na Região. Numa intervenção virada para o futuro da Região, Berto Messias salientou, ainda, que o PSD/Açores teima “em não fazer parte da solução” para o arquipélago, ao contrário do PS/Açores e do Governo Regional que pretende sempre ser, em conjunto com os açorianos, a “solução para os Açores”. Na sua declaração política, o líder da JS/Açores salientou, ainda, que os jovens são o “mais fidedigno barómetro da modernidade, conectados que estão diariamente às rápidas alterações dos nossos dias e são, sem sombra de dúvida, a geração melhor preparada de sempre do nosso país”. Berto Messias não deixou, também, de enaltecer a iniciativa de descentralizar esta celebração, que já percorreu quase todo o Arquipélago, direccionando-se, este ano, para a Ilha do Corvo, que vai acolher, já na próxima segunda-feira, as comemorações oficiais promovidas pela Assembleia Legislativa e pelo Governo Regional dos Açores. “Este é, assim, o momento certo para saudar todos os açorianos - os que cá nasceram ou que cá escolheram viver, assim como os nossos emigrantes que honram o nome da sua terra permitindo que os Açores e a açorianidade não estejam circunscritos às fronteiras físicas da nossa Região”, afirmou.