Carlos César apresenta moção na Graciosa e sublinha que o PS está num ciclo de vitórias eleitorais

PS Açores - 5 de abril, 2010
A dezenas de militantes que enchiam a sala de conferências do Graciosa Resort & Business Hotel, Carlos César deixou uma mensagem de grande confiança no futuro do Partido Socialista nos Açores, quer pelo sucesso das políticas governamentais, quer pelo trabalho desenvolvido na administração local, quer, ainda, pela determinação em prosseguir o ciclo de vitórias recentemente registado. Apresentando as linhas mestras da moção que vai apresentar ao próximo Congresso – e que intitulou de “Um novo ciclo de reformas para uma Região sustentada e uma Autonomia segura” – o Presidente do PS-Açores frisou que esse será o primeiro congresso após as vitórias socialistas nas eleições regionais, nacionais e (pela primeira vez) autárquicas. “Pode-se até dizer, perante quem nos dizia que estaríamos em final de ciclo, que nós, pela primeira vez, concretizámos um ciclo inteiramente vitorioso”, afirmou, para logo acrescentar que o Congresso será mais uma oportunidade de análise sobre os novos desafios, num encontro de sensibilidades que deve constituir um ensejo de debate sobre os Açores. Carlos César disse mesmo querer que “este XIV Congresso do PS seja o momento em que se discuta menos o que cada um deve fazer no partido e mais o que o partido deve e pode fazer por todos os açorianos”, assegurando que, por isso, a sua moção – que recebeu contributos de cerca de quarenta pessoas, militantes e independentes – “recentra o partido no domínio das preocupações de renovo, de inovação e de um novo ciclo progressista na nossa região.” Defendendo que a mudança operada em 1996 deve ser aprofundada, afirmou que importa que neste novo percurso, marcado pela saída dos efeitos da crise internacional, fazendo-o “com liberdade de espírito, pensamento livre e com a consciência de que não somos perfeitos e de que é absolutamente necessário sermos os primeiros a modificar as nossas próprias políticas.” O Presidente do PS-Açores aludiu também ao papel do partido na administração local, começando logo por referir as pesadas heranças recebidas nas autarquias conquistadas ao PSD para sublinhar que, ao invés das práticas antecedentes, é exigido aos socialistas um sentido de rigor, de respeito pelas pessoas e pelas empresas e um sentido de cooperação institucional. “Há uma imensa margem em que é possível desenvolver uma colaboração em que saiam como principais beneficiários os cidadãos e a s comunidades locais”, disse. As eleições presidenciais foram, igualmente, tema abordado na intervenção do Presidente do PS-Açores, que defendeu a necessidade de “um Presidente da República portador de um voto de confiança às autonomias e não instigador de uma reserva adversa às experiências autonómicas.” Advogou, por isso, uma clarificação urgente, por parte das estruturas nacionais do Partido Socialista, o qual “não formata as candidaturas presidenciais, mas tem a obrigação de ter uma posição clara e transparente sobre essas candidaturas”, posição que só pode ser a de apoiar uma alternativa que se funde à esquerda. Já no que se refere às próximas eleições regionais de 2012, defendeu a permanente disponibilidade do PS para se renovar, para corrigir e para inovar, promovendo, a partir da moção a apresentar ao Congresso, um amplo debate público que conduza a melhorias no presente e à elaboração do próximo Programa de Governo. Carlos César anunciou, a propósito, que o Partido Socialista definirá, no primeiro semestre de 2011, o seu candidato à Presidência do Governo. No que qualificou de frente institucional, disse que a opinião do PS-Açores deve ser a do reforço dos poderes regionais, quer em termos nacionais, quer em termos europeus – mesmo que isso implique a diminuição de alguns poderes centrais dos estados membros – não devendo esse reforço das autonomias ser encarado senão na perspectiva da integração numa nova realidade europeia. A concluir, Carlos César fez questão de acentuar aos presentes que o PS é detentor de um invejável património de seriedade, de isenção e de honestidade, não havendo conhecimento de qualquer caso de corrupção nos treze anos de poder na Região. Como disse, é com esse património “que nós podemos continuar nesta entrega ao bem regional e na concretização de uma região mais próspera.”