César critica ‘jogo baixo’ da Coligação PSD-CDS/PP

PS Açores - 14 de outubro, 2004
O Presidente do PS/Açores manifestou, em Vila Franca do Campo, o seu desagrado em relação ao baixo nível utilizado pela Coligação de direita, sem comparação com o PSD do tempo de Mota Amaral.

Carlos César afirmou ontem, em Vila Franca do Campo, que, em muitos anos na política activa, nunca tinha visto ‘chegar-se tão baixo como se tem chegado nesta campanha eleitoral.’ Estas palavras foram proferidas na sua intervenção na festa comício que teve lugar ontem e que encheu de gente a praça do município da primeira capital da ilha de S. Miguel.

‘Victor Cruz não chega aos calcanhares de Mota Amaral, Victor Cruz não percebe a elevação da política, Victor Cruz não conhece a sensibilidade dos açorianos’, disse o Presidente do PS/Açores em jeito de resposta aos repetidos ataques que lhe têm sido desferidos pelo seu principal adversário.

‘O que temos visto nesta campanha eleitoral é que, ao contrário do tempo em que o PSD era liderado por Mota Amaral, agora é liderado por uma pessoa sem ideias, que se refugia nos enredos, nas acusações, nos boatos, nas mentiras, nos truques, no jogo baixo, nos CD’s, nas escutas telefónicas’, afirmou ainda o líder socialista, acrescentando que ‘os açorianos não gostam de gente assim. Gente que precisa disso é gente que não confia em si. Gente que não confia em si é gente que não merece a confiança dos açorianos.’

Carlos César lembrou que, ao contrário da postura que tem sido demonstrada pelos responsáveis da Coligação Açores, durante os anos em que esteve ‘na Oposição ao dr. Mota Amaral’, sempre pautou a sua actuação e o seu discurso pelo ‘respeito e combatendo com ideias.’ E, numa referência às repetidas deslocações de membros do Governo da República aos Açores para fazerem campanha pela Coligação de direita, disse que os Açores precisam de ter ‘um Governo forte e um Governo que sabe o que quer’ e ‘um Presidente com provas dadas, que não troca a sua terra por nada, que não se humilha perante os ministros de Lisboa e que só deve obediência e lealdade aos açorianos de Santa Maria ao Corvo.’

Perante as centenas de pessoas que acorreram ao largo do município de Vila Franca do Campo para ver e ouvir o candidato socialista, César voltou a manifestar a sua forte convicção na obtenção de um resultado expressivo no dia 17, que será ‘a maior vitória de sempre do PS’ nos Açores.

Num concelho em que o sector das Pescas tem um peso considerável na economia local, o Presidente do PS/Açores quis deixar boas notícias aos presentes. Anunciou, para o próximo mandato, a criação do ‘Pescahabita’, um programa específico para a recuperação de habitação degradada das famílias de pescadores com poucos recursos e a concessão de ajudas destinadas à modernização da indústria conserveira local.

Comprometeu-se ainda a construir uma nova escola secundária em Vila Franca do Campo e de um estabelecimento do ensino primário na freguesia da Ponta Garça. Ainda no plano da Educação, César anunciou a criação de um programa específico de apoio às famílias com menores recursos para que os seus filhos possam prosseguir os seus estudos até onde desejarem.

O líder socialista reafirmou também o compromisso de levar a cabo a construção do novo porto de pescas da Vila e anunciou que, graças ao esforço do Governo Regional socialista, a União Europeia alargou até Dezembro do próximo ano o período de aceitação de candidaturas para a modernização das frotas de pesca.

No domínio das acessibilidades, César deixou o compromisso de continuar a construção da variante a Água de Pau, e de efectuar obras de consolidação dos taludes da freguesia de Água d’Alto.

Durante a tarde, Carlos César andou pelas ruas de Vila Franca do Campo, acompanhado da sua esposa, dra. Luísa César, numa marcha lenta, devido às muitas manifestações de carinho e de apoio da parte dos muitos populares que encontrava.

Visitou ainda a Cooperativa Agrícola de Santo Antão e a fábrica de Conservas da Corretora, onde foi efusivamente saudado pelas trabalhadoras e onde não resistiu a dar um ‘pézinho de dança’ com a sua esposa e também com as funcionárias.