César sentiu na Ribeira Grande a adesão popular ao projecto do PS/Açores

PS Açores - 12 de outubro, 2004
O Presidente do PS/Açores, Carlos César, esteve esta terça-feira na cidade da Ribeira Grande, acompanhado do Secretário Geral do Partido Socialista, numa acção de campanha que percorreu as principais artérias do centro da cidade e onde muitas pessoas fizeram questão de se aproximar do líder socialista, para o cumprimentar e para conversar com ele.

Num balanço a esta visita à cidade nortenha da ilha de S. Miguel, o candidato socialista confessou estar “muito satisfeito” com “a grande adesão, a grande consciência da necessidade de continuar neste ritmo o desenvolvimento nos Açores, de não haver interrupções, de não haver convulsões, de continuarmos a nossa obra” que sentiu da parte das pessoas com quem contactou.

“Ao lado do engenheiro Sócrates, tantas vezes ele ouviu que a crise aqui não chegou como chegou, com toda a crueldade, no Continente, com tantos despedimentos, com tantas falências das empresas, com tantas famílias sem recursos”, disse o Presidente do PS/Açores, em jeito de balanço à governação socialista, acrescentando que “nós orgulhámo-nos deste trabalho que temos vindo a desenvolver até agora, mas não tenho nenhum deslumbramento com isso.”

“Nós queremos e precisamos de fazer mais, nós queremos fazer melhor”, disse César, que, nesta acção de campanha na Ribeira Grande – onde acredita obter “uma grande vitória eleitoral” –, teve mais uma oportunidade de constatar que “as pessoas sabem disso, têm confiança na nossa maturidade, na nossa experiência, no nosso bom-senso.”

Neste contacto com os populares na rua, Carlos César quis também fazer o apelo ao voto no dia 17, mais do que um pedido eleitoralista um “apelo cívico”.

“É preciso que essa expressão de confiança no futuro, na continuidade deste projecto seja materializada nesse dia, com a ida de todas as pessoas ao voto”, afirmou o líder socialista, dizendo mesmo que “mesmo aqueles que votarão nos nossos adversários devem fazê-lo, aqueles que acham que isto foi mau nestes oito anos, que é melhor voltar para trás, também devem ir votar.”

Em relação a alguns excessos que têm existido neste período de campanha, Carlos César opinou que “não há mal nenhum, por vezes até é natural nos excedermos, num momento ou noutro, porque é uma campanha eleitoral, porque é uma competição eleitoral, a favor do bem comum”, deixando, no entanto, o reparo de que “os limites não podem passar por ataques pessoais, por cartas anónimas dirigidas às pessoas e por algumas cobardias à socapa.”

Ao lado de Carlos César pelas ruas da Ribeira Grande, o secretário Geral do Partido Socialista, engenheiro José Sócrates, justificou esta deslocação à Região e o apoio ao Presidente do PS/Açores dizendo que “Carlos César tem o argumento mais importante para um político vencer eleições: tem uma obra feita.”

Uma deslocação, portanto, com significativas diferenças em relação às recentes visitas de membros do Governo da República ao arquipálago para participar em acções de campanha da Coligação Açores.

José Sócrates afirmou que “quando vêm tantos ministros aqui aos Açores, o que se denota é a fraqueza da Coligação, porque alguém que fosse verdadeiramente forte nas suas propostas, nas suas convicções, nas suas ideias, não precisava de ajuda de ninguém.”

“Ao fazer um rodopio de ministros aqui aos Açores, o que se evidencia é uma fraqueza da Coligação” e uma prova de que “ao basear a sua campanha na ajuda de Lisboa, enfraquece e diminui as instituições açorianas, diminui a Autonomia dos Açores e desprestigia as instituições regionais”, disse Sócrates.

Numa apreciação à comunicação do Primeiro-Ministro, difundida na televisão ontem, o Secretário Geral do Partido Socialista afirmou que “o mais importante não foi o que o Primeiro Ministro disse, mas o que ele não disse”, nomeadamente os cortes nos benefícios fiscais e os pagamentos de serviços à Saúde, que constituem, em sua opinião, “um ataque à classe média.” Referiu ainda que “o Governo abandonou a obsessão pelo défice orçamental em detrimento por uma obsessão com a campanha eleitoral.”

Aludindo ainda à recente polémica que envolve o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, José Sócrates afirma que “este é um Governo que não convive bem com a crítica”, sendo incapaz de a aceitar, envergonhando a democracia, as instituições democráticas e que não dignifica o próprio Governo.

A comitiva de Carlos César e José Sócrates aproveitou ainda a visita à Ribeira Grande para almoçar com os idosos utentes da Santa Casa da Misericórdia daquela cidade.